Há uns tempos, foi publicado aqui no FCiências um artigo acerca do que se tratava na Deep Web, de como poderíamos aceder e até um pouco do seu funcionamento foi desvendado. Para além disso, foi feita ainda menção a alguns casos de atrocidades inimagináveis que operavam abaixo da vulgar internet (Surface Web). Agora trago oitos dos casos que, para alguns, são os piores casos de crimes horrendos que já foram desmantelados da Deep Web. NOTA: Pessoas mais sensíveis/impressionáveis não deverão ler este artigo.
Grupos Extremistas
Grupos extremistas já existem na Surface
Web, contudo na Deep, o número e a forma como agem é bastante
diferente.. Na Deep Web, os extremistas que disseminam todo tipo de
preconceito, na maioria das vezes, optam por fóruns bloqueados, nos
quais os usuários passam por diversos testes para entrar. Existem grupos
competentes que vasculham por completo a vida de um potencial usuário,
antes que este possa visualizar e participar na comunidade online de um
determinado grupo.
Existem ainda alguns amadores que não se
preocupam em ter cuidado no sigilo das suas informações, porém, não
deixam de ser violentos. Reúnem membros para marcarem ataques às suas
vítimas, mostram imagens dos seus feitos. Por exemplo, vídeos de grupos
atacando judeus nas ruas, apresentam teses sem pés nem cabeça sobre o
porquê o seu preconceito deve ser alimentado, recrutam pessoas e fazem
iniciações desses recrutados. As autoridades, alertadas destas
organizações, fazem esforços para desmantelar estes grupos e condenar os
responsáveis.
Assassinos Contratados
Assassinos “profissionais” surgem por
toda a parte na Deep Web, contudo não é tarefa fácil encontrá-los… A
maior parte encontram-se na Europa Central e Ásia e tem seus preços
definidos por mérito e alvo. Mérito é referente aos alvos já executados
com sucesso, ou seja, quanto mais alvos executados, maior a
confiabilidade e consequentemente, o preço. A outra classificação de
preço é o tipo de alvo. Normalmente, pessoas comuns são as mais
baratas. O preço aumenta com a posição da pessoa diante a sociedade e a
dificuldade para executar o alvo. Quanto maior a fama e contacto com o
público ou a dificuldade de eliminar o alvo, maior elevado é preço.
Poucos são os casos em que assassinos
deste tipo são capturados pelas autoridades, aconteceu com um francês
que foi interceptado pela Interpol, mas que acabou solto por falta de
provas. Este sites são de muito difícil acesso e são, na maioria das
vezes, acedidos por indicação de conhecidos.
Vídeos Snuffs
Vídeos Snuffs é o termo
utilizado para à filmagens de assassinatos, onde
em homicídios pré-meditados, o assassino filma o seu crime. Para além
disso, tratam-se de actos de extrema brutalidade e violência. Este tipo
de filme aparece com uma frequência assustadora na Deep Web. Um exemplo
de vídeo, remonta o ano de 2007 e intitulado “3 Guys and 1 hammer” e
que acabou for “flutuar” até à Surface Web. Nesse vídeo Viktor
Sayenko e Igor Suprunyuck, durante cerca de sete minutos inferem
repetidas marteladas na cabeça de um idoso, e que posteriormente
perfuram com uma chave de fenda. Os dois foram capturados e condenados à
prisão perpetua em 2009.
Existem vários vídeos deste tipo, como
por exemplo mulheres que são escalpadas e despedaçadas ainda vivas
enquanto mantém actividade sexual com um dos protagonistas.
Pedofilia
Redes enormes e obscuras atuam na Deep
Web e podem aparecer links para sites onde estão disponinilizados vídeos
e fotografias chocantes onde actos sexuais da maior bizarrice são
praticados. Quem navega neste lado da Internet terá de ter muito cuidado
e atenção para não se deparar com este tipo de imagens ou vídeos, são
vários os casos onde pessoas que por infelicidade vêem este tipo de
conteúdo e têm se ser seguidas por psicólogos. Alguns deles referem
ainda que “são imagens que, mesmo que percamos a memória, nunca nos
sairão da cabeça…”. Contudo, existem pessoas que reúnem esforços numa
tentativa de apanha e condenar estes criminosos, contudo é uma tarefa
árdua e quase sempre sem resultados…
Experiência científicas em Humanos
A DeepWeb vem provar que “Centopeia
Humana” (para muitos, um dos filmes mais perturbantes já alguma vez
criado) comparado com experiências feitas na realidade por grupos de
lunáticos é como se de um filme de desenhos animados se tratasse. Nos
becos escuros das camadas mais pesadas, existem fóruns de
compartilhamento de documentos e imagens sobre experiências realizados
com humanos, dos mais variados tipos. A maioria delas sem qualquer
sentido, como emparedar humanos com besouros-tigres e constatar quantos
dias eles resistem ou substituir as pernas dos humanos por patas de
cabras.
A maioria desses sites descobertos, geralmente por hackers do bem que tentam acabar, ainda que ineficientemente, com essa escória que infesta a Deep Web; alegavam que somente utilizavam mendigos como
cobaias, como se isso diminuísse a culpa ou a atrocidade cometida. Os
responsáveis são grupos ou mesmo pessoas ligadas à Ciência, como
médicos, químicos e biólogos, que agem separadamente e se reúnem nesses
fóruns secretos.
Fóruns de Canibalismo
Em 2003, um caso chocou a Alemanha e foi
notícia no mundo todo. Um canibal confessou em um tribunal ter matado e
comido uma pessoa a pedido da própria vítima. O “Canibal de Rotenburg”,
como ficou conhecido, diz ter conhecido a vítima e combinado como tudo
seria feito através da internet. Uma investigação da policia levou a uma
rede de fóruns de canibalismo escondidos na Deep Web. “Cannibal Cafe”, “Guy Cannibals” e “Torturenet” eram páginas usadas pelos canibais para marcar encontros e selecionar vítimas para a prática de canibalismo.
Nesses fóruns encontra-se de tudo, desde
fotos e testemunhos de canibais até receitas para o bom preparo da
carne humana. Mas o pior, certamente, eram os voluntários. Existem
pessoas que se voluntariam para serem comidas, alguns não por completo,
apenas certas partes do corpo.
Bonecas Sexuais Humanas
O próprio termo já é grotesco e
horrendo. Se o tráfico humano para realizar trabalho escravo ou sexual
já é repugnante, o que dizer da ideia de transformar seres humanos em
bonecas sexuais? Nenhum órgão governamental conseguiu localizar a origem
dos Dolls Makers. As informações são escassas e todas as
transações monetárias são via Bitcoins, tudo muito sigiloso, não
deixando qualquer rasto. Sabe-se porém que não são um ou dois grupos e
sim, dezenas deles oferecendo o serviço na Deep Web.
As bonecas sexuais humanas são
geralmente crianças entre 8 à 10 anos, compradas a famílias miseráveis
em países onde a pobreza extrema atinge a maioria da população. Por
centenas de dólares essas crianças são adquiridas pelos Dolls Makers.
Em seguida, acreditá-se que são levadas à
centros cirúrgicos clandestinos e transformadas em bonecas vivas que não
apresentem resistência às perversões sexuais dos seus donos. Seus
membros, braços e pernas, são amputados e substituídos por próteses de
silicone. As cordas vocais são retiradas e os dentes arrancados e
trocados por imitações de borracha. Todo procedimento dura de duas à
três semanas e só é iniciado após a boneca ter sido
encomendada. O preço varia entre 40 mil dólares à 700 mil dólares,
dependendo das exigências feitas. A boneca ainda viria com uma espécie
de manual de instruções, explicando como alimentá-la e realizar as
demais necessidades básicas humanas para a sobrevivência, já que
dependeria do dono para tudo a partir daí. A estimativa de vida seria
reduzida, dado que vivem cerca de um ano após o processo de
transformação…
O caso que ficou famoso na Surface das bonecas sexuais foi o da Lolita Slave Toys. Um membro anónimo do 4chan, que se auto intitulava hacker,
publicou no fórum o printscreen, o endereço da Onion e a forma de
entrar nele. O site era apenas uma imagem, com um texto explicando o que
era e como adquirir a sua boneca. Com o aumento significativo do número de visitas, o Dolls Maker chamado de Pussymonster, provavelmente
notou que foi descoberto e limpou tudo que era rasto antes que qualquer
detetive virtual chegasse ao seu paradeiro.
Tortura por encomenda
Existem filmes onde são retratadas cenas
de seres humanos, que são sequestrados e posteriormente vendidos para
gente com fundo de maneio que querem satisfazer seus desejos de
torturarem até a morte outros humanos. Na ficção, como um filme de
terror, isso pode ser muito atractivo perante os fãs do gênero, contudo
isto é uma realidade do nosso planeta. Poucas pessoas sabem que Eli
Roth, o diretor e roteirista de The Hostel (filme onde são
retratadas cenas como esta) baseou o filme em casos reais identificados
pela polícia de Nova Dehli, India. Depois de intensa investigação a
polícia descobriu o que se acredita tratar de um clube secreto, onde
ricos e poderosos vinham de todas as partes do mundo com o intuito
doentio de realizar seus prazeres demoníacos. Crianças e adolescentes,
descendentes de famílias miseráveis que viviam abaixo da linha da
extrema pobreza eram vendidos por seus pais e condenados ao terrível
destino.
Em países da Ásia, África e Europa
Oriental, onde a pobreza impera e as leis e vigilância são poucas, esse
tipo de crime é facilitado. Assim como no caso de Nova Dehli, na
Tailândia foram descobertos casos semelhantes. Esta rede está altamente
camuflada na Deep Web e apenas convidados com uma palavra passe
conseguiriam aceder ao conteúdo. Então, os mafiosos responsáveis pela
rede detectavam um potencial cliente e investigavam a vida do sujeito.
Se ele tinha mesmo dinheiro para arcar com as despesas (acredita-se que
fosse na casa dos milhões por pessoa ), os criminosos entravam em
contacto com o sádico e ofereciam o serviço. Após a confirmação de
compra, o cliente em causa recebia uma senha e um download de um
software que permitia a descodificação da página, dando acesso às
informações e também, possibilitando que o mesmo escolhesse a sua
vítima.
É difícil pensar que isto possa
acontecer em pleno século XXI e que pouco ou nada seja feito para
reverter esta situação. Enquanto uma boa parte do planeta não tem noção
desta realidade e tem acesso a apenas 10% da Internet, existe uma grande
minoria que tem acesso aos outros 90% e que arrastam pessoas para
satisfazer este tipo de desejos no mínimo reprováveis.
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